Estive à porta dela e receei tocar à campainha.
Ela podia abrir e eu podia entrar.
Seria tudo muito repentino e
Eu não saberia como reagir a este desenrolar.
Seria amor aquilo que me fizeram?
Pegarem em mim e puxarem-me para longe dela?
Será que foi o melhor? De mim apenas vieram
Mais chances e alternativas de lhe entrar casa a dentro...
E uma enorme vontade de dormir,
Dormir com ela e acordar num lugar branco.
Seria melhor. Seria a paz. Seria eufórico.
Acho que não poderia estar mais completo.
Mas agora estou preso na enorme rua,
À espera do clarão venha por si mesmo.
Porém a verdade nua e crua,
É que eu quero voltar o mais rápido possível e puder bater-lhe à porta.
Não quero ficar mais na rua, não quero
Que haja um lugar para mim e eu persista desabrigado
No meio de uma estrada na esperança de um carro passar
Quando posso sentir-me em casa no lar dela.
Canta-me uma canção.