domingo, 18 de agosto de 2013

Amanaemonesia

Era pálido e perdido o olhar...
Não tinha nele nem uma explicação
Do porquê havia ele escrutinado o luar,
Pensando neste como a divina perdição.

Era a mais serena convivência
Do esquecimento e do alívio
De tudo o que foi despedaçado.

Era sim a mudança para pior.
Era a resposta que tinha sido deixada em aberto,
Uma certeza não tinha sido dada sobre o que era o amor.
O amor que por ti não era sentido.

Era um ressentimento que não havia sido declarado,
E era também a morte
Da mais remota hipótese de um uno ser criado.

Era um alívio sentido.
Uma mágoa chorada, berrada.
Era mais um sentimento esquecido
Pela afronta do tempo e espaço.

Era assim o teu olhar, perdição,
Mais uma vez derrotar-me e de mim
Levar tudo abaixo do chão.

A Lua pelo menos desta vez sorriu de volta.