Era pálido e perdido o olhar...
Não tinha nele nem uma explicação
Do porquê havia ele escrutinado o luar,
Pensando neste como a divina perdição.
Era a mais serena convivência
Do esquecimento e do alívio
De tudo o que foi despedaçado.
Era sim a mudança para pior.
Era a resposta que tinha sido deixada em aberto,
Uma certeza não tinha sido dada sobre o que era o amor.
O amor que por ti não era sentido.
Era um ressentimento que não havia sido declarado,
E era também a morte
Da mais remota hipótese de um uno ser criado.
Era um alívio sentido.
Uma mágoa chorada, berrada.
Era mais um sentimento esquecido
Pela afronta do tempo e espaço.
Era assim o teu olhar, perdição,
Mais uma vez derrotar-me e de mim
Levar tudo abaixo do chão.
A Lua pelo menos desta vez sorriu de volta.