sexta-feira, 12 de abril de 2013

Coexistência

Sempre na contínua coexistência
Entre o génio que nunca fui
E o mais puro anonimato que sempre serei...

Uma força quase que desprezível
Perante umas e outras adversidades...
Sempre algo, nunca alguém.
Nunca relevante, apenas um adereço.

E mais uma vez uma vara
Facilmente quebrável pelos
Ventos da insegurança e ambição.
A ambição de ser algo mais que nada.

E mais uma vez mantenho
Os meus gritos e choros
No mais sereno silêncio possível.

E mais uma vez rasgado, corpo e alma,
Pelos meus próprios obstáculos.
E sempre soube... O meu silêncio sempre será
Mais ruídoso que as inevitáveis gargalhadas forçadas.

E mais uma vez decidi ser falso e hipócrita.
Infiel a mim mesmo e
Submeter-me à vida e às suas ruínas.

O irónico que tenho sempre uma solução
Para o problema deles, para o dos outros,
Mas para os meus sempre fui um zero.
E mais uma vez uma adição nula incessável.

A genialidade da ajuda que sempre tive em mim
E o estúpido coexistir do ignorante de não se saber ajudar.
O anónimo impávido que não tem fim.
E eu mais uma vez coexistente no não existir.

2 comentários:

  1. Amo *.* "Entre o génio que nunca fui
    E o mais puro anonimato que sempre serei...", "O meu silêncio sempre será
    Mais ruidoso que as inevitáveis gargalhadas forçadas." adorei mesmo

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