quinta-feira, 25 de abril de 2013

Transgressão

O meu ser transgride para uma concepção
Do que era perfeito ao teu olho subtil.
Ao teu olho subtilmente enganado pelas
Palavras de um outro que te dizia que te queria mais.

Pergunto-me eu, outra e outra vez,
A quem vais recorrer quando o pior acontecer?
Serei eu mais uma vez apenas um ponto de conforto?

Disseste que eu o mais importante, e,
No final, fui só uma marioneta submissa às tuas palavras
Tão encantadoras como a tua pele de cetim,
Como os teus dois belos olhos redondos de avelã.

E eu, tolo, por querer mais de ti, por
Querer que me desses algo mais que palavras que
A ti não te fazem qualquer sentido.

Mas lembra-te, cada palavra tua, cada murmúrio,
É como a mais simples faca que atravessa
As minhas vísceras. Mas será?
Será que queres mesmo saber?

Eu, tolo, quero poder é distanciar-me de ti
E cair no esquecimento da memória da tua existência,
Para quando o teu nome for uma outra vez dito
A tua pessoa seja recordada loucamente como uma paixão inalcançada,
Mas que sempre no meu coração permaneceu.

Odeio-me por não seres sequer
A razão do meu viver, mas,
Seres, já, toda a minha vida.

E esta mutação que ocorre em mim vai mudar tudo.
Vai corroer todas as poucas memórias que tivemos.
E eu, tolo, vou deixar. Deixar um pedaço de mim destruído.

E eu, tolo, já não vou querer saber.
A transgressão do meu ser está feita
E agora debaixo de estrelas de açúcar vou eu permanecer.

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