sábado, 23 de março de 2013

Paruitatem

Recordações incineradas.
Memórias desfeitas e pulverizadas.
Lembranças do que não era meu,
Mas sempre desejei que fossem parte de mim.
Nem isso o eram.

Eu sempre fui isso.
Eu sempre fui nada mais que pó.
Sempre algo abaixo de...
Sempre algo que tinha que ser submetido.

E é isso que sou para ti não é?
Insignificante mais uma vez...
Outra vez abaixo de pó,
Outra vez um ser que não é,
Outra vez um prólogo sem sentido.

Eu tive tempo para ser mais,
Para ser alguém.
Para ser teu.
Mas esse tempo, queimei-o.

Erodi o tempo com a amargura que sentia.
Queimei a minha existência com a chama
Do amor que sentia por ti.
E nem olhei para trás.
Eu matei-me.

Fui deixado corroído por mim
Mas na verdade, a culpa foi só tua.
Porém por ti o fiz,
Por ti me perdi.

Eu o errado por pensar que
Deitar as culpas em ti o certo.
Eu apaguei o nosso preâmbulo
Com um grito condensado em mil.
Um frémito de destruição.

E no final peguei no nosso livro,
Que nunca existiu,
E afoguei-o.
Afoguei-o em ácidos reconfortantes.

A dor de não te sentir
Era melhor do que a dor
Que sentia por ti.
Por isso eliminei-te,
E tornei-te insignificante também.

Recordações incineradas.
Memórias desfeitas e pulverizadas.
Lembranças do que não era meu,
Mas afinal era tudo meu, eu é que não o quis.

3 comentários:

  1. Ai obrigado ryiurgahfxbyrukaef Nem acho que seja nada de mais mas socorro, obrigado, obrigado a sério, that means so much to me isrkhefd

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